segunda-feira, 21 de junho de 2010

3ª aula de artes : blogando!


-após terminarem os trabalhos artísticos e expostos no pátio da escola , fotografem-nos e postem as imagens no blog.!

Lembrem de acrescentar os nomes da dupla de criadores, materiais usados na prática artística , dimensões do trabalho e título, se tiver.

- A partir disso, todos os alunos em seus devidos computadores, poderão criar uma rede dialógica postando comentários de observação e reflexão sobre os trabalhos artísticos a partir do que foi compreendido sobre a temática trabalhada.


imagem: www.gutierrez.pro.br/.../rede-759113.JPG




2ª aula de artes: intervenção e instalação


Vamos falar de algumas linguagens visuais muito trabalhadas na Arte Contemporânea : instalação e intervenção.

Mas antes gostaria que lessem esse texto introdutório de Tadeu Chiarelli, que facilitará a compreensão das linguagens.
(Tadeu Chiarelli é crítico de arte, curador e professor do Departamento de Artes Plásticas da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo.)

Considerações breves sobre a Arte Contemporânea e o papel das instituições

Ao sair de algumas exposições em museus, galerias e bienais, muitas pessoas experimentam certo amargor relacionado à sensação de que não são cultas. A razão desse sentimento reside no fato de que muito daquilo que observaram não possui conexão com aquilo que, durante anos, foram ensinadas a entender como arte. Afinal, onde estão as pinturas e as esculturas que aprenderam a apreciar? Muitas vezes, inclusive, o amargor inicial é substituído por um sentimento de desprezo perante aquelas proposições "exóticas", agora vistas como empulhações, não merecedoras de nenhuma atenção. Está aí a razão para que muitos deixem de frequentar exposições de arte contemporânea.

Essa situação é lastimosa porque muito da produção recente possui conexões com questões atuais que afligem a todos, de uma forma ou de outra. Aqui, portanto, a pergunta: por que esse divórcio entre a produção atual e o grande público?

Dentre as várias respostas possíveis, creio que existam duas que podem auxiliar a, pelo menos, adentrar no problema: a primeira diz respeito a uma mudança na arte, ocorrida no século passado; a outra se refere a como as instituições culturais negligenciam essa mudança, quase sempre apresentando duas concepções distintas de arte como se fossem a mesma.

Continua :
http://www.itaucultural.org.br/index.cfm?cd_pagina=2720&cd_materia=847

leia esse texto também : A arte aponta aquilo que falta em você por Mariana Sgarioni

http://www.itaucultural.org.br/index.cfm?cd_pagina=2720&cd_materia=848



Instalação




Instalação da artista plástica libanesa Nada Sehnaoui reúne 600 privadas vazias no centro de Beirute (Foto: Jamal Saidi/Reuters)

Fonte:

http://g1.globo.com/Noticias/PopArte/0,,MUL420694-7084,00.html








“PETs” do artista plástico Eduardo Srur


fonte: http://oglobo.globo.com/cultura/mat/2008/03/26



Definição

O termo é incorporado ao vocabulário das artes visuais na década de 1960, designando assemblages ou ambientes construídos nos espaços das galerias e museus. As dificuldades de definir os contornos específicos de uma instalação datam de seu início e talvez permaneçam até hoje. Quais os limites que permitem distinguir com clareza a arte ambiental, as assemblages, certos trabalhos minimalistas e as instalações? As ambigüidades que rondam a noção desde a origem não podem ser esquecidas, mas tampouco devem afastar o esforço de pensar as particularidades dessa modalidade de produção artística que lança a obra no espaço, com o auxílio de materiais muito variados, na tentativa de construir um certo ambiente ou cena, cujo movimento está dado pela relação entre objetos, construções, o ponto de vista e o corpo do observador. Para a apreensão da obra é preciso percorrê-la, passar entre suas dobras e aberturas, ou simplesmente caminhar pelas veredas e trilhas que ela constrói por meio da disposição das peças, cores e objetos. Anúncios precoces do que viria a ser designado como instalação podem ser localizados nas obras Merz, 1919, de Kurt Schwitters (1887 - 1948) e em duas obras que Marcel Duchamp (1887 - 1968) realiza para as exposições surrealistas de 1938 e 1942, em Nova York. Na primeira, ele cobre o teto da sala com sacos de carvão, incorporando uma dimensão do espaço - o teto - normalmente descartada pelos trabalhos de arte (1200 sacos de carvão). Na segunda, ele fecha uma sala com cordas, definindo, com sua intervenção, um ambiente particular (Milhas de barbantes). Em 1926, Piet Mondrian (1872 - 1944) projeta o Salão de Madame B, em Dresden, executado apenas em 1970, após a sua morte. Ao revestir o cômodo inteiro com suas cores características, o artista explora a relação da obra com o espaço, inserindo o espectador no interior do trabalho, o que será preocupação central das instalações posteriores. No interior do programa minimalista é possível localizar também um prenúncio do que viria a ser nomeado como instalação. Aí, as esculturas saem dos pedestais e ganham o solo, ocupando, vez por outra, todo o espaço da galeria. Os objetos dispostos no espaço, na relação que estabelecem entre si e o observador, constroem novas áreas espaciais, evidenciando aspectos arquitetônicos. Por exemplo, nas placas retangulares que Carl Andre (1935) organiza no chão da galeria (Steel Magnesium Plain, 1969), na fileira de tijolos que corta o espaço (Lever, 1966), ou nas pedras que, ao ar livre, compõem o Stone Field Sculpure, 1977. As obras de Robert Morris (1931) caminham em direção semelhante: a escultura fixa-se no espaço real do mundo. Só que agora a ênfase é colocada mais fortemente na percepção, pensada como experiência ou atividade que ajuda a produzir a realidade descoberta. Isso é testado, seja nos módulos hexagonais e em 'L', de fiberglass, arranjados segundo posições invertidas, que o artista produz entre 1965 e 1967, seja no 'tapete' feito de restos de materiais díspares, como asfalto, alumínio, chumbo, feltro, cobre, sobras de barbantes etc., de 1968. Dan Flavin (1933 - 1996), por sua vez, combina lâmpadas fluorescentes a partir de tamanhos, formatos, cores e intensidade de luz, criando ambiências arquitetônicas particulares. Ainda no interior do programa minimalista, é possível lembrar os labirintos de alumínio que Sol LeWitt (1928 - 2007) constrói no interior da galeria (Series A, 1967) e os blocos criados a partir do encaixe de peças em aço pintado, que Robert Smithson (1938 - 1973) dispõem em fileiras horizontais, em Alogon # 2 e Installation, ambas de 1966. Se alguns trabalhos são nomeados expressamente pelos artistas e/ou críticos como instalações, outros, ainda que não recebam o rótulo, podem ser aproximados do gênero. É possível pensar, por exemplo, nas cenas construídas por George Segal (1924 - 2000), suas esculturas de gesso que integram cenários específicos e que configuram espécies de mise-en-scène, paradoxalmente, realistas e abstratas (A família, 1963 ou O Metrô, 1968). No interior da Arte Povera, alguns trabalhos se aproximam da idéia de instalação, por exemplo, os iglus de Mario Merz (1925), Giap Iglo, 1968, e Double Igloo, 1979.

Mais em :

http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/index.cfm?fuseaction=termos_texto&cd_verbete=3648





intervenção


Corrente com 2.663 sacolas plásticas que representam o consumo do produto pelos norte-americanos por segundo! O pessoal da agência pegou os um pouco mais de 8 km de sacolas e espalhou pelo Socrates Sculpture Park, em Nova York, como se vê pela imagem.

fonte: http://super.abril.com.br/blogs/planeta/a-arte-plastica/


Definição

A noção de intervenção é empregada, no campo das artes, com múltiplos sentidos, não havendo uma única definição para o termo.

Na área de urbanismo e arquitetura, as intervenções urbanas designam programas e projetos que visam à reestruturação, requalificação ou reabilitação funcional e simbólica de regiões ou edificações de uma cidade. A intervenção se dá, assim, sobre uma realidade preexistente, que possui características e configurações específicas, com o objetivo de retomar, alterar ou acrescentar novos usos, funções e propriedades e promover a apropriação da população daquele determinado espaço. Algumas intervenções urbanísticas são planejadas com o intuito de restauração ou requalificação de espaços públicos, como as conhecidas revitalizações de centros históricos, outras objetivam transformações nas dinâmicas socioespaciais, redefinindo funções e projetando novos atributos.

Como prática artística no espaço urbano, a intervenção pode ser considerada uma vertente da arte urbana, ambiental ou pública, direcionada a interferir sobre uma dada situação para promover alguma transformação ou reação, no plano físico, intelectual ou sensorial. Trabalhos de intervenção podem ocorrer em áreas externas ou no interior de edifícios.

O termo intervenção é também usado para qualificar o procedimento de promover interferências em imagens, fotografias, objetos ou obras de arte preexistentes. Intervenção, nesse caso, possui um sentido semelhante à apropriação, contribuição, manipulação, interferência. Colagens, assemblages, montagens, fotografias e desenhos são trabalhos que freqüentemente se valem desse tipo de procedimento.

Os projetos de intervenção são um dos caminhos explorados por um universo bastante diverso de artistas interessados em se aproximar da vida cotidiana, se inserir no tecido social, abrir novas frentes de atuação e visibilidade para os trabalhos de arte fora dos espaços consagrados de atuação, torná-la mais acessível ao público e desestabilizadora e menos mercantilizada e musealizada. Tal tendência, marcante da arte contemporânea, é geradora de uma multiplicidade de experimentações artísticas, pesquisas e propostas conceituais baseadas em questões ligadas às linguagens artísticas, ao circuito da arte ou ao contexto sociopolítico.

Mais em: http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/index.cfm?fuseaction=termos_texto&cd_verbete=8882



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Após compreender sobre essas linguagens artísticas, em sala de aula ou pátio da escola, os alunos em dupla criarão trabalhos artísticos usando materiais considerados inúteis e/ou materiais primários da natureza, trazidos previamente de casa para a escola.

Serão trabalhos tridimensionais partindo do entendimento sobre as linguagens vistas na internet. Os trabalhos poderão ter dimensões variadas, sendo expôs na escola (no prédio ou no pátio) por uma semana. Após esse período, proponho deslocarmos os trabalhos para um contexto público, fora da escola para socializar as práticas e incentivar as pessoas a perceberem a potencialidade dos objetos do lixo e da natureza.